sexta-feira, 4 de julho de 2008


Por viver muitos anos dentro do mato, modo a ave , o menino pegou um olhar de pássaro...
por forma que ele enxergava as coisas por igual como os pássaros enxergam as coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água,
pedra não era ainda a palavra pedra,
e tal
as palavras eram livres de gramática e podiam ficar em qualquer posição
de forma que o menino podia inaugurar, podia dar as pedras costume de flor
podia dar ao canto formato de sol
e se quisesse caber em uma abelha
como se fosse infancia da lingua.
[ texto Axial, foto Tulio M.]

12 comentários:

Luciana Clarissa disse...

"podia dar ao canto formato de sol"

e tem outro formato?

eita coisa boa de ler.

beijos e LUZ! :)

Lígia disse...

Um dia tudo isso foi realidade...

Patrícia disse...

Encantador esse texto...
Sera que um dia poderemos viver como esse menino???

Beijos

david santos disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
* hemisfério norte disse...

q lindooooo!!!

:)
bjs
a.

betucury disse...

Essa menina dança uma ciranda bonita, versa a infância da língua, uma língua binita, tudo muito lindo, feito a estampa da parte baixa da saia, da parte baixa do texto, esse que voa tão alto, que nele amanheço.
Beijo cirandante, sempre

Morganna disse...

é uma das minahs preferidas.
bonito demais. né não?
e o manoel de barros é f***.

linda semana, meninoca. :*

Laís disse...

Comovente!

saudades !


bjão


Be disse...

Posso chegar à ciranda?
Saudade de rodar com você.

Beijos.

Anônimo disse...

esse menino existe ..?
bjs!

Anônimo disse...

Tem um presentinho para você no meu blog...
Bjs

Ni ... disse...

De uma singeleza deliciosa...

beijo e mais beijos...